Análise Ergonômica


Análise Ergonômica
Segundo a Legislação Brasileira na Norma Regulamentadora 17, para avaliar a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, cabe ao empregador realizar a análise ergonômica do trabalho, devendo a mesma abordar, no mínimo, as condições de trabalho. Nesta NR17 não estabelece uma qualificação específica para a realização da análise ergonômica, portanto entende-se que qualquer pessoa com conhecimento profundo do trabalho possa realizar. Na prática recomenda-se que a análise ergonômica seja feita em atividade interdisciplinar, envolvendo 4 a 5 profissionais: o gerente do processo, o engenheiro ou técnico, trabalhador experiente e um consultor de ergonomia.
Alguns pontos importantes a serem abordados na análise:
Mantenha as articulações em posições neutras
Nesta posição, os músculos e os ligamentos são tencionados ao mínimo, ou seja, são esticados o menos possível.
Conserve os pesos próximos ao corpo
Quanto mais o peso estiver afastado do corpo, mais os braços serão tencionados e o corpo terá desequilíbrio. Sempre que possível intercale com outras atividades mais leves e crie condições favoráveis para o levantamento de cargas: mantenha carga próxima ao corpo, eleve a carga antes de iniciar o levantamento, utilize as duas mãos, a carga deverá ter alças para encaixe dos dedos, levantar a carga mantendo a coluna reta na vertical utilizando a musculatura da perna, que são mais potentes que as da coluna.



A legislação brasileira tem uma norma para transporte e manuseio de matérias, (NR11). Uma outra norma (NR18) estabelece o limite máximo de 60Kg para transporte e descarga individual em obras de construção, demolição e reparos. O levantamento individual é limitado a 40Kg.
Curvar-se para frente
Quando o tronco se inclina para frente, há contração dos músculos e dos ligamentos das costas para manter essa posição. Ajuste a altura da superfície de trabalho ou bancada de acordo com a posição em pé ou sentado não se esquecendo de também regular o assento e encosto da cadeira de forma que a coxa fique bem apoiada no assento e os pés se apoiam no chão, o encosto da cadeira deve proporcionar apoio a região lombar e parte inferior do encosto (próximo ao assento) deve ser convexa ou vazada para acomodar a curvatura das nádegas.
Evite torções do tronco
Posturas torcidas do tronco causam tensões indesejáveis nas vértebras que são prejudiciais. Evite alcances excessivos com os braços, para isso mantenha os materiais utilizados próximo ao corpo.
Movimentos bruscos que produzem picos de tensão
Movimentos rápidos podem produzir dores sem o devido aquecimento dos músculos, por isso fique atento aos movimentos
Alterne posturas e movimentos
Nenhuma postura ou movimento repetitivo deve ser mantido por um longo período. Ao longo prazo, podem produzir lesões nos músculos e articulações. As tarefas que exigem longo tempo na mesma posição devem ser intercaladas com outras, que possam mudando para a posição em pé, sentada ou andando.
Restrinja a duração do esforço muscular continuo
Evite a fadiga muscular, pois quanto maior for o esforço muscular menor será o tempo suportável
Previna a exaustão muscular
Previna a exaustão muscular pois o processo de recuperação pode demorar horas.
Faça pausas curtas e frequentes
A fadiga muscular pode ser reduzida com diversas pausas curtas distribuídas ao longo da jornada de trabalho.
Iluminação adequada
Além de causar desconforto, fadiga e dores de cabeça, a falta ou o excesso de iluminação afetam também a produtividade e a precisão do trabalhador.
Esperamos que estas informações possibilitem uma melhor compreensão da importância da ergonomia no ambiente de trabalho e que desperte a necessidade de uma consciência corporal, aquisição de bons equipamentos, adaptações ergonômicas e constante vigilância postural.